Vik Muniz no Masp

Olhe a sua volta: há um mundo de coisas para as quais você não dá a menor importância. Poeira? Você já considerou a poeira como algo possível de ter outro significado? E o lixo, pode ser algo além de ser, simplesmente, lixo? Pois bem, Vik Muniz, em exposição no Masp até julho, foi capaz de olhar essas coisas cotidianas e, com elas, recriar possibilidades de apresentar e perceber o mundo. O cara é um artista consagrado no cenário internacional e, a exposição que você vai ver aqui em São Paulo, já foi vista nos Estados Unidos, Canadá e México. São mais de 120 trabalhos (esta é a maior exposição já dedicada ao artista) que englobam o início de sua carreira, do final dos anos 1980, até os dias de hoje. Entre as diversas obras realizadas com diamantes, arame, poeira, lixo e sucata, destaque para as produzidas com caviar e molho de tomate.
Vik se interessou em produzir imagens com materiais comestíveis, porque sua transitoriedade parecia justificar sua documentação. Para fazer seus experimentos com esses materiais, o trabalho de Andy Warhol mostrou ser o ideal. Afinal de contas, foi Warhol que mostrou que a cópia de uma cópia é sempre um original.
A mostra traz, ainda, a reprodução nas paredes do Masp, de alguns pensamentos de Vik sobre a arte. Num dos que eu mais me chamou a atenção, o artista diz:
“Acredito que nem todas as pessoas sejam artistas, mas todos que desejarem ser possuem tudo o que o mundo tem a oferecer para que, um dia, elas se tornem. Se eu pude, qualquer um pode”. Vik Muniz

Serviço:
Masp- Museu de Arte de São Paulo
Av. Paulista, 1578
3ª a Dom, das 11h às 18h
R$ 15,00 (inteira)
R$ 7,00 (estudantes) e Grátis para menores de 10 anos e maiores de 60.
Às 3as feiras ninguém paga.